A casa tem 150 metros quadrados e é feita de isopor. Sim, isopor! Fica em Indaiatuba, interior de São Paulo. Construída em vinte dias – com base em tecnologia desenvolvida na Itália para resistir a terremotos –, custou 40.000 reais ao dono, o engenheiro José Maria Stifter. “Ela tem oito anos e nunca apresentou uma rachadura”, diz Stifter. Estima-se que pelo menos outras 300 famílias brasileiras já estejam morando em casas como essa. A nova tecnologia usa placas de isopor encaixadas em molduras de metal que, depois, são revestidas de cimento. Para levantar as paredes, basta encaixar as placas, como num jogo de montar. A resistência da moradia é comparável à de uma de tijolos, mas ela é mais confortável por causa da propriedade isolante do isopor, que impede a passagem do frio, calor e ruído. Na eventualidade de uma rachadura aparecer em uma parede, basta refazer o revestimento. Sem sujeira, rápido.
As habitações de alvenaria no Brasil são herança dos colonizadores portugueses, que tiraram os índios de suas cabanas de taipa e barro e os empregaram na construção de casas de pedras, depois substituídas por tijolos e cimento e, por fim, pelo concreto. Materiais leves costumavam ser associados a construções precárias, como palafitas ou sobrados de imigrantes. Puro preconceito. A edificação com pedras e cimento fixou-se como único padrão, porque a matriz portuguesa não estava próxima a grandes áreas florestais, com madeira abundante que permitisse casas sólidas desse material. Algo bem diferente aconteceu ao norte do continente europeu, com madeira farta e de boa qualidade. Nas paisagens nórdicas, por exemplo, misturaram-se democraticamente casas de madeira a outras de pedras e tijolos.
A concepção de casas está mudando no Brasil, graças às novas tecnologias que deixam mais seguros e mais bonitos os imóveis alternativos. Só no Rio de Janeiro já existem 3 000 construções pré-moldadas de madeira. “Há cinco anos, 70% dos clientes queriam imóveis de madeira apenas para passar o fim de semana. Hoje, de cada dez clientes, oito querem essas casas para morar mesmo”, afirma Ricardo Ribeiro, proprietário da Casas e Chalés, do Rio. As residências modernas têm paredes de tábuas maciças tratadas para resistir a provações iguais às que atacam cascos de embarcações. Os projetos também melhoraram, e esses imóveis também possuem pés-direitos mais altos, que aumentam a circulação do ar e o conforto interno.
O aço é outro material que está no rol das alternativas. Técnicos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) desenvolveram uma tecnologia de construção com aço galvanizado, comum na Inglaterra. Dezenove casas foram construídas em Volta Redonda, no Rio, e serão vendidas por 15 000 reais para funcionários públicos. “O aço é mais resistente e não precisa ser utilizado em grande quantidade, como o tijolo”, diz o engenheiro da CSN José Luiz Pinho.
Nova tecnologia usa placas de isopor encaixadas em molduras de metal.
Das construções de pedra às de isopor: a tecnologia e a busca de praticidade e segurança.
Palafita: estacas que sustentam habitações situadas às margens de (ou sobre) um lago, designação comum a essas habitações.
Nórdico: relativo aos países do norte da Europa (Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia).
Dica 5 – Uso de “AO INVÉS DE” ou “EM VEZ DE”.
EM VEZ DE indica substituição, como no exemplo:
AO INVÉS DE apresenta idéia contrária, uma oposição. Por exemplo:
Dica: se está na dúvida, use a expressão EM VEZ DE, já que pode ser utilizada em qualquer situação, em qualquer sentido.
Dica 6 – Uso de “AO NÍVEL DE” ou “EM NÍVEL DE”
AO NÍVEL DE significa “à mesma altura”, como no exemplo:
EM NÍVEL DE é o mesmo que “no âmbito de” e indica escopo. Exemplo:
Dica: não existe a expressão “a nível de”, como é utilizado na linguagem informal.